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Mostrando postagens de setembro, 2025

Ele é um cão

Robert De Niro, renomado ator e figura icônica da cultura americana, expressou sua indignação em relação a Donald Trump com palavras contundentes: “Ele é um punk, um cachorro, um porco, um charlatão, um idiota que não sabe o que diz, que não faz sua lição de casa, que não se importa, que pensa estar brincando com a sociedade, que não paga seus impostos. Colin Powell disse o melhor: ele é um desastre nacional, uma vergonha para este país”. De Niro lamenta que os Estados Unidos tenham chegado ao ponto de permitir que alguém como Trump, descrito por ele como um “idiota” e “bozo”, alcance tal proeminência. Em tom de revolta, o ator chegou a afirmar que gostaria de “dar um soco no rosto” de Trump, em resposta às declarações beligerantes do político. O historiador Leandro Karnal, em seu livro sobre a história dos Estados Unidos, destaca as incoerências e paradoxos da nação, mas enfatiza que a democracia americana sempre se sustentou em pilares inquestionáveis, que agora estão sendo sistemati...

MEU NOME É ISRAEL

 Eu sou Israel. Nunca perco a oportunidade de reivindicar a vitimização enquanto inflijo violência. Em 1947, as Nações Unidas me entregaram mais da metade das terras de outra pessoa. Um presente que não ganhei, de potências coloniais que não as possuíam. Eu aceitei. Meus vizinhos se opuseram. Chamei isso de guerra — e, no caos, comecei minha limpeza. Mais de 700.000 palestinos foram expulsos de suas casas — alguns fugiram, sim — mas muitos foram forçados a sair sob a mira de armas, suas aldeias arrasadas, seus nomes apagados. Então plantei pinheiros sobre as ruínas — para esconder a memória. Florestas onde antes havia casas. Parques sobre cemitérios. Eu as tornei verdes para que o mundo não visse o preto por baixo. Chamei isso de "reflorestamento". Eles chamaram de apagamento. Eu sou Israel. Nunca escolhi a paz — apenas o domínio.  Em 1967, lancei uma guerra preventiva e tomei Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental, as Colinas de Golã e o Sinai. Afirmei que era por segurança...

SPINOSA

 Baruch Espinosa, filósofo holandês de meados do século XVIII, escreveu o Tratado da Emenda do Intelecto",  Espinosa fala em três formas de conhecimento: - Por experiência ou opinião. É baseado em percepções sensoriais diretas ou relatos de outras pessoas. É suscetível a enganos. Especialmente porque valoriza a parte em detrimento do todo. - Pela razão. É baseado na reflexão, que deriva do estudo metódico.  Exige identificação das causas e das relações gerais. É um saber de integralidade analítica. Cada tese se submete ao crivo epistemológico do observador-investigador. - Pela intuição. Essa é a forma mais elevada de conhecimento. Captura a essência das coisas, permitindo uma compreensão profunda da realidade. Veja bem, não é o achismo ou a ideia do vidente místico. Muito pelo contrário.  Peço licença para elencar algumas ideias do companheiro Espinosa para clarificar os conceitos. - O conhecimento verdadeiro liberta da escravidão das paixões. - A razão é o caminho p...

O BRASIL TEM ARMAS DE DESTRUIÇÃO EM MASSA?

📢 “O Brasil tem armas de destruição em massa.” Essa frase soa absurda, quase uma fake news. Mas vale perguntar: será mesmo tão absurdo assim? Oficialmente, não. O Brasil é signatário de todos os tratados que proíbem armas nucleares, químicas e biológicas. Na prática, o país se apresenta como uma potência pacífica, que defende a desnuclearização do mundo e que faz da América do Sul uma zona livre de armas atômicas. Tudo muito bonito, muito diplomático. Mas vamos olhar de outro ângulo. O Brasil domina o ciclo completo do urânio, tem tecnologia de enriquecimento própria — coisa que nem todos os países conseguem —, e está construindo um submarino nuclear. Isso não é pouca coisa. Significa que, se quisesse, o país poderia cruzar a fronteira tecnológica e se transformar, em poucos anos, em potência nuclear. E aqui está a contradição: o Brasil abre mão da bomba em nome de uma posição moral no cenário internacional. Mas, num mundo em que Índia, Paquistão, Coreia do Norte, Israel e até potênc...

ARMAS CHINESAS VISTAS NA PARADA DO DIA 03 DE SETEMBRO

  A Parada Militar da China em 3 de Setembro : Uma Demonstração de Força e Tecnologia No dia 3 de setembro, a China realizou uma das maiores paradas militares de sua história recente, um evento que atraiu os olhares do mundo devido ao caráter reservado de suas Forças Armadas. Mais do que uma exibição de poderio militar, a parada foi uma clara mensagem política, destacando avanços tecnológicos e uma vasta gama de armamentos, muitos dos quais exibidos publicamente pela primeira vez. Este texto analisa o significado estratégico dessa demonstração, os principais sistemas apresentados e o impacto geopolítico de tal exibição. Contexto e Significado Político A parada militar de 3 de setembro foi cuidadosamente orquestrada para projetar a imagem de uma China militarmente robusta e tecnologicamente avançada. Em um cenário global de tensões crescentes, especialmente no Indo-Pacífico, a exibição de armas modernas, incluindo mísseis hipersônicos , tanques de última geração e drones, reforça a ...

OURO E PETRÓLEO

A China e a Rússia têm utilizado o ouro como instrumento de proteção contra sanções ocidentais, transformando o petróleo em uma oferta estratégica que eleva seu preço relativo no mercado global. Recentemente, a Índia também começou a adotar esse mesmo mecanismo. Diferentemente de ciclos históricos, a relação entre ouro e petróleo não apresenta sinais de reversão à média histórica, uma vez que o mercado de petróleo, cuja dimensão é de 10 a 20 vezes maior que o do ouro, está direcionando investimentos diretos ao ouro como reserva neutra. Frequentemente, questiona-se por que a relação ouro-petróleo, ou seja, a quantidade de barris de petróleo necessários para adquirir uma onça de ouro, tende a aumentar significativamente, em vez de retornar à média histórica de 40 a 50 barris por onça, como observado em períodos anteriores. A seguir, esclarece-se a relevância dessa dinâmica, especialmente para os membros do Grupo dos 50, destacando os fatores estruturais que sustentam essa tendência. ### ...

TARIFAÇOS DOS EUA FORTALECEM OS BRICS

Quando as nações constroem muros em vez de pontes, a história sussurra um aviso. As tarifas impostas pelo ex-presidente Trump foram concebidas como armas, mas, por vezes, a espada volta-se contra a mão do guerreiro. Hoje, testemunhamos uma dessas reviravoltas não intencionais. Em vez de enfraquecer seus rivais, as tarifas empurraram a China para um abraço mais profundo com a aliança dos BRICS. Um agrupamento antes visto como um experimento agora emerge como um palco alternativo para o drama global. Richard D. Wolff já dizia que a economia não é apenas números, mas sim relacionamentos. Imagine uma mesa de família. Se você fecha a porta na cara de um convidado, ele pode encontrar outro lar para se sentar à mesa, talvez uma mesa mais calorosa, generosa e unida do que a sua. Foi exatamente isso que aconteceu. As tarifas, destinadas a isolar a China, acabaram motivando-a a estreitar laços com Brasil, Rússia, Índia e África do Sul. Esses laços estão começando a moldar uma nova geometria de p...