A QUEDA DO IMPÉRIO AMERICANO

TERRORISMO OU ACIDENTE?

O comportamento do helicóptero, supostamente militar, não sabemos nada sobre o helicóptero que funciona exatamente como um drone suicida, a sua clara intenção era abalroar uma aeronave, parece que não importava qual. Todos os protocolos básicos de voo de asa rotativa foram negligenciados, não é teoria de conspiração. No avião destruído pelo helicóptero estavam os dois maiores patinadores do mundo, dois atletas russos. Será que isso é motivo para um ato criminoso desses? Qual a motivação? 

Trump sobre o desastre aéreo de Washington: "Quero apontar para vários artigos que foram publicados antes de eu assumir o cargo. Aqui está um: ‘O esforço de diversidade da FAA inclui a contratação de pessoas com deficiências intelectuais e psiquiátricas graves’. Uma empresa não pode ir bem se é obrigada a contratar negros, mulheres e latinos. 


Segunda consta, a empresa chinesa de inteligência artificial DeepSeek, causou uma queda de aproximadamente 1 trilhão de dólares no valor de mercado das empresas de tecnologia nos Estados Unidos em apenas alguns poucos dias.  A NVIDIA perdeu, em valor de mercado, cerca de US$ 600 bilhões. Falamos repetidamente sobre a sanção imposta pelos Estados Unidos que impediu que a empresa NVIDIA vendesse seus semicondutores mais avançados para as empresas chinesas. Isso trouxe prejuízos consideráveis a própria NVIDIA, contudo o governo dos EUA acha que vale a pena esse tipo de política protecionista e chauvinista, 

E que, apesar disso, os chineses estavam desenvolvendo suas próprias placas de processamento de I.A. e treinando seus programas de inteligência artificial. Coincidentemente, nesta segunda-feira, 27 de janeiro, dois dias depois, o mundo foi surpreendido pela empresa chinesa DeepSeek, no lançamento de sua nova versão de I.A., o DeepSeek R1. Como venho comentando nos meus últimos vídeos, não é de bravatas que vivem o mundo real, o mundo real vive mesmo, como não poderia deixar de ser, de coisas reais. Comentamos aqui, ultimamente sobre o Stargate de 500 bilhões de dólares, a Open AI, o fetiche do lucro desenfreado para as mãos dos CEOS de Amazon, Starlink, Microsoft, Google,  Meta etc, mencionamos alguns comparativos, os tais benchmarks do Deep Seek em relação aos famosos ChatGPT e outros, bom, hoje, quero trazer uma reflexão mais profunda o aumento dos problemas americanos, e por que vão aumentar sob Trump. Quais seriam as verdadeiras razões econômicas por trás do declínio dos Estados Unidos da América, a maior potência econômica e militar do planeta? 

Vamos analisar um pouco sobre o imperialismo dos EUA. Estudos das superpotências mundiais foram realizados para os últimos cinco séculos, desde o avanço da Europa Ocidental no século XVI, nações como a Espanha, Holanda, França e Grã-Bretanha e, atualmente, os Estados Unidos da América. 

Os estudos mostram como as forças econômicas e militares governam o domínio e o progresso das nações, mas também como o alto custo da manutenção da supremacia militar enfraquece a base econômica, desviando recursos essenciais dos investimentos novos e produtivos. 

Os Estados Unidos ocupam, atualmente, uma posição de liderança econômica e militar, mas país enfrenta os desafios da longevidade de toda a grande potência que ocupa a posição número um nos assuntos mundiais.

É um grande desafio manter a capacidade de preservar a liderança nos setores estratégicos e militares, manter o equilíbrio entre a sua capacidade defensiva e a sua capacidade econômica, ou seja, preservar as bases tecnológicas e econômicas de seu poder. 

Os Estados Unidos herdaram uma vasta rede de compromissos estratégicos feitos décadas antes, quando a sua capacidade política, econômica e militar de influenciar as questões mundiais parecia assegurada. O país colhe o risco de sua excessiva extensão imperial, ou seja, só que manter a sua enorme quantidade de interesses requer uma enorme capacidade de defender esses interesses.

Ao longo do tempo, a sanha expansionista dos EUA o colocou numa posição complexa e delicada. Seus interesses no exterior são muito espalhados, defender todos ao mesmo tempo é uma tarefa insana. Os historiadores mostram que a cadeia de bases navais do Império Britânico no seu auge está, praticamente, nos mesmos locais das localizações militares atuais dos Estados Unidos, em todo o mundo.

Para assegurar o seu domínio sobre o planeta, os Estados Unidos mantém, segundo o Pentágono, 865 bases militares em 130 países, tem 1,3 milhão de soldados, dos quais 350 mil estão no exterior, nas 865 bases. Um trilhão de dólares são destinados a programas militares, comendo 60% do seu orçamento total, e 3,5% de seu PIB.

Superpotências que continuaram a destinar parcelas sempre crescentes de sua riqueza nacional no setor improdutivo da guerra inevitavelmente chegam ao declínio econômico. Um dilema comum dos países e impérios que já foram o número um é o fato de que, mesmo quando sua força econômica está diminuindo, os crescentes desafios estrangeiros à sua posição os forçam a destinar mais e mais recursos para o setor militar. Isso leva o país a reduzir o investimento produtivo, com o tempo há uma espiral descendente de crescimento, fica mais lento, os impostos ficam mais pesados, a classe média fica estagnada, decisões arriscadas dão prioridade aos gastos públicos, a capacidade de arcar com o ônus da defesa e cada vez desafiante. 

Os Estados Unidos já estavam entrando nesta espiral no final da Guerra Fria, a corrida armamentista com a União Soviética também foi onerosa para os EUA, apresentava sinais de gastos excessivos, inclusive idênticos aos que levaram à queda da União Soviética. Ao invés de segurar a onda, já na primeira administração de Ronald Reagan, o país intensificou seus gastos militares, impulsionado por uma estratégia de gastar cada vez mais num número cada vez menor de sistemas bélicos. O país já enfrentava desafios econômicos em função de seus interesses globais.

O citado economista José Kobori relacionou o alto custo da manutenção da supremacia militar com o enfraquecimento da base econômica, uma vez que os gastos militares desviam recursos essenciais dos investimentos novos e produtivos na área civil. Os Estados Unidos já enfrentavam um relativo declínio industrial no final da era Reagan, medido em comparação à produção mundial, em indústrias tradicionais como têxteis, ferro e aço, construção naval e produtos químicos básicos, e também no setor tecnológico e industrial, como robótica, automóveis, máquinas operatrizes e computadores. 

Na década de 80 do século passado, o historiador americano Paul Kennedy alertoy que se os Estados Unidos perdessem na competição em tecnologias inovadoras, o declínio americano seria muito doloroso.

Por isso demos importância à notícia atual do lançamento da Deep Seek, pois tem um significado importante na inovação tecnológica. Um outro setor da economia americana em declínio, já na década de 80, foi o setor agrícola. O forte crescimento na produção dos países de terceiro mundo os transformaram em países exportadores de alimentos e concorrentes dos Estados Unidos, é preciso que se diga, muitos agricultores estadunidenses foram à falência por conta dessa concorrência! 

Não podemos nos furtar de fazer aqui uma crítica aos advogados do Estado mínimo. O que transformou o Brasil em potência agrícola mundial foram, sem a menos sombra de dúvida, os investimentos públicos feitos pelo governo em pesquisa científica, para aumentar a produção, pesquisem, por favor, EMBRAPA, um modelo de pesquisa e fomento à atividade agrícola brasileira, foi possível o grande agronegócio brasileiro graças aos fortes subsídios do Estado no setor agrícola. 

Voltando aos EUA, vejam, problemas econômicos nos Estados Unidos levaram a um aumento da política externa protecionista, isso se deu em muitos setores da economia americana, empresarial, sindical, agrícola, e, naturalmente, político. 

Os estadunidenses, depois de 1945, no pós-guerra, eram favoráveis ao livre comércio e à competição aberta. Grandes potências, em épocas de vacas gordas, vendem o discurso do livre comércio para se beneficiar das deficiências de outros países. 

Uma excelente obra é o livro "Chutando a Escada", do economista sul-coreano Ha-Jung Chang, onde ele analisa a gangorra do livre-mercado e protecionismo. Quando as dificuldades começaram a afetar a indústria e a agricultura estadunidense, turbulências financeiras foram gerando uma dívida e um déficit sem precedentes. 

A falta de competitividade dos produtos industriais dos EUA no exterior, as decrescentes exportações agrícolas produziram déficits crescentes no comércio internacional. Isso fez com que os Estados Unidos imprimissem somas cada vez maiores de capital, o que o transformou de maior credor mundial a maior devedor mundial, num espaço de poucos anos. As bases econômicas sobre as quais uma estratégia eficiente a longo prazo deve se apoiar não são mais sólidas, aliás, parecem feitas de gelatina agora. 

A capacidade dos EUA suportarem os compromissos militares assumidos desde 1945, quando se arvorou como "polícia do mundo", é muito menor hoje. Lá no pós-guerra sua produção industrial era formidável, sua agricultura não estava em crise, seu balanço de pagamentos era saudável, o orçamento governamental era equilibrado e ele não estava endividado com o resto do mundo. 

Neste momento os EUA ainda contam com um fator de extrema importância para sua dificil hegemonia e é o fato do dólar ainda ser a moeda de referência e a unidade de reserva monetária mundial. Só quem imprime esse negócio é o FED, um banco público-privado. 

O maior pesadelo dos Estados Unidos é que o dólar não seja mais aquele. Eles vão defender a bufunfa a todo custo. Se um número significativo de países forem abandonando o dólar em função de outras moedas e formas de pagamento isso, para os EUA, será pior do que uma guerra nuclear.

A exclusividade dos EUA na impressão do dólar ainda mantém sua relativa capacidade de financiar sua economia e a sua máquina militar, além de ainda ditar os rumos da política monetária mundial. 

A mudança econômica pelo qual passou os Estados Unidos, desde a década de 70 do século passado quando começou a crise do petróleo e a ascensão da China levou à perda de milhões de empregos e de salários relativamente altos na indústria, levou ao declínio acelerado da remuneração no setor agrícola e ao aumento de empregos mal remunerados nos serviços, com maior presença de imigrantes. 

As práticas da economia política americana de gastar demais com militares, a prática de não taxar os mais ricos, as crises orçamentárias que exigem cortes em despesas sociais, provocam maior reação das classes médias e baixas americanas, as quais se apegam em Donald Trump.  

Veja que são os trabalhadores da indústria e do setor agrícola os mais crentes em discursos extremistas.

 Os estadistas americanos não conduziram bem a interdependência as forças econômicas e as militares. A superpotência militar criou algumas deficiências econômicas que agora já estão cobrando o seu preço. 

Os EUA elegem inimigos internos e externos para desviar a atenção de quem são os verdadeiros culpados das mazelas econômicas da nação. Os líderes não se prepararam para tiveram a rápida transformação tecnológica e socioeconômica em curso, ocorrendo mais depressa do que em qualquer outro período da história. Os EUA só se enxergavam a si mesmos, soberbos e altaneiros, só que uma comunidade internacional muito mais diversificada política e culturalmente estava crescendo, após a queda do bloco soviético, mesmo no setor militar, havia sinais de uma melhor redistribuição do equilíbrio, o mundo tendeu a se afastar do sistema bipolar em direção ao início de um sistema mais multipolar. A ameaça aos interesses americanos veio de sua propria incapacidade de se ajustar de forma equilibrada dentro desta mudança, mudança que aponta para uma nova ordem mundial.

A postura agressiva, arrogante e ameaçadora dos EUA pode até mesmo acelerar o seu declínio, na medida em que mais países espezinhados pelo imperialismo militarista estadunidense caírem no colo dos BRICS, liderados pela China. 

No meu próximo vídeo, talvez amanhã ou sábado, abordarei o momento em que se encontramos os BRICS e porque eles são imparáveis. A China vem se notabilizando por forjar sua ascensão de um moto completamente diferente do império americano, econômica, militarmente e culturalmente. Ao contrário do que dizem os mitos urbanos vendidos no Ocidente, a China possui um sistema extremamente meritocrático e hierárquico. Trata-se de um regime extremamente representativo e com uma verdadeira liderança vertical, que prioriza a qualidade acima da quantidade.


Pasmem, e já se fala numa nova rede de IA chinesa, presente no portal Alibaba, a coisa não para. Daí a OpenAI, os CEOS começoram a dizer que a IA é deles e de mais ninguém, que eles que inventaram, que a roda, o fogo, o ferro lhe pertencem, decerto, o ar, a água, as nossas cuecas e pensamentos!

Naturalmente as pessoas estão ridicularizando a OpenAI, com razão, por causa de suas acusações de que a Deepseek está usando seus resultados para treinar seu modelo, mas a maioria das pessoas não está percebendo as implicações realmente aterrorizantes.

O aspecto muito mais preocupante é que a OpenAI está sugerindo que, em alguns casos, ela é proprietária do resultado de seu modelo. 

Agora pense por um minuto no que isso significa no mundo de amanhã, onde muito será gerado pela IA (e já está sendo): todo o código de software, os e-mails que enviamos uns aos outros, os vídeos e as imagens etc.

Você quer viver em um futuro em que, se por algum motivo os gigantes da IA estiverem insatisfeitos com a maneira como você usa o resultado do modelo deles, eles poderão reivindicar a propriedade sobre ele? Um futuro em que cada parte do conteúdo tocado pela IA - que pode ser praticamente tudo no mundo de amanhã - vem com amarras invisíveis?

As implicações para a inovação e a criatividade são surpreendentes. As pequenas empresas e os desenvolvedores independentes que dependem de ferramentas de IA podem se ver presos em uma rede de reivindicações de propriedade intelectual. Pior ainda, estamos olhando para um futuro em que o próprio ato de aprender e construir sobre o conhecimento existente se torna limitado pelos interesses dos gigantes da IA.

Isso seria o tecnofeudalismo com esteroides: se não contestarmos isso agora, corremos o risco de caminhar sonâmbulos para um futuro em que a criatividade e a inovação humanas se tornem propriedade de um grupo de senhores da IA e um mundo em que eles possam ditar não apenas quem pode inovar, mas que tipo de progresso é aceitável com base em seus próprios interesses.




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