MEU NOME É ISRAEL
Eu sou Israel. Nunca perco a oportunidade de reivindicar a vitimização enquanto inflijo violência. Em 1947, as Nações Unidas me entregaram mais da metade das terras de outra pessoa. Um presente que não ganhei, de potências coloniais que não as possuíam. Eu aceitei. Meus vizinhos se opuseram. Chamei isso de guerra — e, no caos, comecei minha limpeza. Mais de 700.000 palestinos foram expulsos de suas casas — alguns fugiram, sim — mas muitos foram forçados a sair sob a mira de armas, suas aldeias arrasadas, seus nomes apagados. Então plantei pinheiros sobre as ruínas — para esconder a memória. Florestas onde antes havia casas. Parques sobre cemitérios. Eu as tornei verdes para que o mundo não visse o preto por baixo. Chamei isso de "reflorestamento". Eles chamaram de apagamento. Eu sou Israel. Nunca escolhi a paz — apenas o domínio. Em 1967, lancei uma guerra preventiva e tomei Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental, as Colinas de Golã e o Sinai. Afirmei que era por segurança...