Cocaína vermelha


O escritor inglês Joseph D. Douglass é autor de um livro imprescindível, Red Cocaine: Drugging the Americas and the West (London, Edward Harle, 1999). 
Suas fontes são indiscutíveis (militares tchecos, russos etc). Nesta obra temos um relance do que é realmente o tráfico de drogas, quem o subvenciona, quem o protege e por quê. Revolução e narcotráfico são como irmãos siameses, unidos desde sempre e para sempre. Veja, na época da 'guerra do ópio' empreendida pelo maior assassino do século, o comunista Mao Tsé Tung, tem-se o primeiro caso registrado na História em que um poder político organizado viciou deliberadamente a população do seu próprio país, para enfraquecê-la e explorá-la do modo mais cruel e desumano possível. 
Mas temos exemplos mais próximos de nós. 
O grande narcotráfico latino-americano não surgiu por acaso. Até os anos 50, o comércio de drogas no continente era um problema policial controlável, de pequena monta. Quem lhe deu a estrutura organizacional que haveria de transformá-lo num monstro capaz de atemorizar Estados e exércitos? Resposta: o governo soviético. Foram 'medidas ativas' do serviço de inteligência da URSS, a KGB, o maior aparato policial e de contra-inteligência do mundo. A operação, lenta e sorrateira (jamais mencionada pela 'grande mídia') teve e prossegue tendo dois objetivos principais: 
1) Usar as drogas como arma de guerra psicológica, para enfraquecer as nações capitalistas;
2) Criar uma fonte local própria de dinheiro para os movimentos revolucionários latino-americanos.

Os meios utilizados para isso foram bem simples: 
3) Infiltrar agentes russos (coisa simples para os mestres do assunto) nas várias quadrilhas de narcotraficantes, para que as controlassem; 
4) Enviar à URSS os traficantes já cooptados e leais, para que aprendessem técnicas avançadas de organização, inteligência, guerrilha urbana etc. 

Os meios e objetivos visados pelos soviéticos foram atingidos. 
Sem as drogas, jamais teria sido possível corromper a juventude universitária dos EUA, principal instrumento de boicote ao esforço de guerra no Vietnã, de contenção à doutrina comunista. A Guerra do Vietnã, aliás, é conhecida no meio militar como a 'Guerra que os EUA perdeu dentro dos EUA' (pois vencia esmagadoramente lá no Vietnã). Desde então, toda iniciativa seriamente anticomunista do governo americano é patrulhada desde dentro pela própria sociedade americana. 
Sem as drogas, teria sido impossível transformar as frustradas guerrilhas latino-americanas dos anos 60 na tremenda força político-militar-criminal que é hoje. 
As guerrilhas estão sob a proteção do Foro de São Paulo (líderes políticos latino-americanos de esquerda e militares das Farc e de Cuba). Ela pratica e espalha o terrorismo no continente (60 mil assassinatos por ano, somente no Brasil...). Neste exato momento, 2013, 4 mil pessoas estão sequestradas nas selvas da Colômbia. As FARC utilizam, como meio de enriquecimento e poder, as lições que aprendera na melhor escola de crimes do mundo (KGB): sequestros, extorsão, tráfico de armas, organização da prostituição, tráfico de mulheres e crianças, e claro, o mais rentável de tudo, o tráfico de drogas. 
Não há contradição alguma nos pomposos ideais socialistas e estes crimes hediondos (basta estudar a história REAL e constatar que é assim). 
Trata-se da fusão indissolúvel do socialismo e do crime organizado, unidos desde sempre.

O
 livro de Joseph D. Douglass é leitura indispensável a quem deseje sinceramente compreender o que está se passando na América Latina.

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