Deus não seja louvado!



Um procurador do Ministério Público Federal, chamado Jefferson Aparecido Dias, propõe seriamente à Justiça e ao Congresso retirar das notas do real (do dinheiro), a expressão: 
'Deus seja louvado'. Vejam a opinião do advogado (os argumentos são de uma pobreza espantosa, aliás coisa bastante eficaz, hoje em dia!): os 'direitos' de Buda, Allah, Ganesha, Oxóssi, Tupã, Exu... estão sendo sistematicamente desprezados pelos cristãos e também estariam sendo descartados (no nosso dinheiro carola), desrespeitados em suas tradições e convicções, ateus, agnósticos, deístas, politeístas, animistas (creem em vários deuses e deusas). Hoasqueiros (tomam Santo Daime e cantam hinos), espíritas (são cristãos, creem em entidades e na reencarnação), umbandistas (politeísmo sincretista), messiânicos (praticam o Johrei), esotéricos (acreditam numa enorme quantidade de mestres, avatares, ETs...), wiccanos (gostam de bruxas, chás, fadas, duendes...) etc, todos, até agora, quase nunca reclamaram ou reclamam do dinheiro, muito pelo contrário! Não teria o desocupado funcionário do MPF noção alguma, etimológica, do termo 'Deus', do seu significado semântico? Pois Deus é inerente a todas as religiões, seja como Deus mesmo ou como Allah, Nirvana, Parambraman etc; nomes diferentes para  conceitos diferentes e aproximados até certo ponto. Talvez o significado do termo seja 'preconceituoso', ou, o próprio conceito espiritual de divindade, Deus, acima de tudo e todos, incomodaria o fundamentalismo laicista do Sr. Dias, representante que é das seitas e crenças várias, 'lesadas' em relação ao conceito cristão. Mas é forçada tal suposição, a 'ofensa' ao estado laico só se encontra mesmo na cabecinha de Sua Excelência...e os holofotes clamam pela sua sapiência prática! Toda pessoa, mesmo analfabeta, tem alguma concepção de Deus. 
Mesmo um ateu, necessita de algum conceito do que seja Deus, até para negá-lo.
O ponto é: 90% dos brasileiros são cristãos, outros quase 10% se dizem sem religião ou professam outras religiões (portanto também creem em Deus, ainda que com outras denominações). 
Uns poucos ateus (2% da população mundial) não estão minimamente preocupados com Deus, ou com a frase lá, nos dinheiros. Praticamente 100% dos brasileiros não tem nada contra Deus, mas o preguiçoso lá tem! Não deve ser porque ganha pouco, né? E, no caso da Constituição, será que o homem que também odeia o crucifixo nos tribunais...quer remover a menção a Deus (no Preâmbulo)?

É altamente improvável que Deus esteja preocupado com os problemas e as soluções do Sr Aparecido. Já aparecem rematadas tolices dizendo que Deus e o dinheiro são incompatíveis, que Deus não pode estar relacionado ao símbolo máximo do materialismo, que tudo relacionado ao dinheiro é sempre exploração, ganância, desigualdade e outras sandices oitocentistas do gênero. Bom, confesso que nada tenho contra o dinheiro e menos ainda contra Deus. Somente os loucos, os fanáticos e os misofóbicos consideram o dinheiro como algo desprezível, sujo ou inferior. Trata-se de uma grande invenção humana, saber ganhá-lo honestamente, é um dom, traz benefícios à sociedade. Invejosos e larápios, apregoam que a riqueza de uns é a causa da pobreza de outros. É bem o contrário, a riqueza cria condições para que aqueles a sua volta, dela se beneficiem e sejam igualmente prósperos, quando capazes de bem utilizá-la. A ignorância, o preconceito, a falta de fé em si e na sociedade é que são os grandes vilões. Muitas pessoas, hoje em dia, simpáticas aos totalitarismos igualitários de esquerda, acham que o capitalismo é tudo de ruim e perverso que há. Grande engodo! É bem o contrário, o problema não é o capitalismo, nunca foi, o problema é mesmo a FALTA de capitalismo e a enorme dificuldade que temos de sermos prósperos e felizes. As pessoas prósperas, quase sempre são felizes e gozam de muito mais liberdade e criatividade. Mas há sempre os espertalhões, os caloteiros, os mesquinhos, os que pregam quimeras políticas insaciáveis, irrealizáveis..., e arrastam outros em suas ilusões, ou, pior ainda, os que, podendo fazer muito, quase nada fazem. 

Postei este treco porque acho que a atitude desse procurador representa bastante bem a desvairada insanidade de hoje em dia, essa coisa de se querer reinventar a roda e refazer a lei da gravidade. É o cacoete, a macaquice do politicamente correto, das virtuosas ações afirmativas, dos direitos (nunca os deveres...) de grupos, de tribos, de galeras mil, x, y, z, e seus fundamentalismos modernosos. Até Deus, em uma simples frase, pode ser uma ameaça, opressiva em suas cabeças.



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