Capacidade militar brasileira
BRASIL
O país latino-americano que se tornou uma potência militar com submarinos nucleares e caças supersônicos
Na complexa realidade geopolítica da América Latina, o Brasil consolida uma capacidade militar autônoma que desperta atenção internacional e o distingue dos demais países da região.
Como o país construiu sua força militar?
As Forças Armadas brasileiras contam com mais de 376 mil militares ativos e uma reserva expressiva. Em 2023, o orçamento de defesa alcançou US$ 22,9 bilhões, posicionando o Brasil na 12ª colocação mundial e viabilizando um aparato moderno e bem financiado. Esse aporte sustenta um exército profissional, equipamentos atualizados, uma marinha em expansão e uma força aérea equipada com aeronaves de última geração.
O avanço militar decorre diretamente da indústria de defesa nacional, referência em inovação e autonomia tecnológica. Empresas como Embraer e Avibras produzem armamentos de ponta e veículos avançados. Dentre os marcos, destaca-se o submarino nuclear Álvaro Alberto, projeto estratégico da Marinha que confere ao Brasil capacidade única de operar em missões no oceano profundo na América Latina. Durante a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, foi exibida uma maquete do submarino e de seu reator.
Além de fortalecer as capacidades internas, o Brasil amplia sua influência global, ocupando posição de destaque no ranking Global Firepower 2025. A participação em missões da ONU no Haiti e no Líbano reforça a credibilidade internacional, consolida laços em organismos multilaterais e eleva o papel do país em debates e ações de segurança global.
O que o Brasil pretende alcançar no cenário internacional?
O modelo de defesa brasileiro assenta-se em escala, investimentos contínuos e autossuficiência tecnológica, permitindo projetar poder e resguardar interesses estratégicos na Amazônia e no Atlântico Sul. Diferentemente de superpotências, o país busca afirmar-se como voz independente do Sul Global, atuando como parceiro relevante nos BRICS. No desfile de 7 de Setembro, a Marinha apresentou o míssil antinavio MANSUP, de fabricação nacional, simbolizando tecnologia e inovação próprias. Como uma das 15 maiores potências militares do mundo, o Brasil protege sua soberania com efetividade.
Como o país enxerga o futuro de sua defesa?
A ênfase em inovação e no fortalecimento da base industrial traça uma trajetória singular na América Latina, com vistas a um protagonismo internacional duradouro. A entrada em operação do submarino nuclear consolidará a reputação brasileira como potência apta a enfrentar desafios estratégicos de longo prazo. Em um contexto global marcado pela convergência entre tecnologia e recursos naturais na definição de segurança, o Brasil se posiciona como ator indispensável nas discussões e decisões internacionais.
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