Democracia 'radical'

Texto de Chantal Mouffe (colaboradora ou parceira de Ernesto Laclau). Intelectuais formados nas Harvards e treinados nas thinktanks globalistas determinam as diretrizes de 'novos' partidos brasileiros (por exemplo, o PODEMOS, 'yes, que can', do Obama). O conceito de 'democracia radical e plural' concebe e assimila o chamado 'populismo de direita', o 'neoliberalismo', a 'terceira via', até mesmo a 'extremo-direita' etc.

"Tendo como finalidade ser aceito como legítimo, o conflito necessita adotar uma forma que não destrua a associação política. Isto significa que algum tipo de ligação deve existir entre as partes em conflito, de forma a que não tratem os seus oponentes como inimigos a erradicar, ao considerar as suas exigências ilegítimas, que é exatamente o que acontece na relação antagonista de amigo/inimigo. (…) Se queremos reconhecer, por um lado, a permanência da dimensão conflitual antagonista ao mesmo tempo que, por outro, permitimos a possibilidade de 'domesticação', precisamos de perspectivar um terceiro tipo de relação. A este tipo de relação proponho chamar agonismo. Enquanto que o antagonismo é uma relação nós/eles na qual as duas partes são inimigas que não partilham qualquer referencial comum, o agonismo é uma relação nós/eles entre partes em conflito que, apesar de admitirem que não existe qualquer solução racional para o seu conflito, reconhecem a legitimidade do seu oponente. São 'adversários', não 'inimigos'...".

A claque comunista que se apossou do estado brasileiro não superou a fase 'antagonista', por isso não assimila o 'golpe', afirma o 'não existem provas contra Lula', e prega a destruição pura e simples dos 'inimigos' (tome-se o discurso de Gleisi, Iasi, Stédile, Dirceu, Maduro etc); daí ser comida pelos mais espertos, os tucanos e PMDBs da vida, até por essa incapacidade intelectual e limitação linguística.

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