Lula e Dima no Foro de São Paulo

Após assistir o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=kDtUbdOLjDg (Lula e Dilma no Foro de São Paulo) enviei uma carta ao ex-presidente Lula e sua protegida, a presidenta Dilma:
Carta aberta
Prezado Sr ex-presidente Lula e Presidenta Dilma: Sou eleitor, músico de profissão e professor. Assisti recentemente ao vídeo onde o senhor e a presidenta Dilma aparecem. Vocês falam sobre Cuba e sobre o Foro de São Paulo.  Não pude deixar de enviar esta simples carta, pois só queria entender. No vídeo os senhores falam sobre a admiração que sentem pelo regime dos Castro, há 54 anos no poder, em Cuba, sem oposição e sem mudança alguma. Entendo que a revolução cubana marcou tremendamente a sua geração. Sou contra o embargo econômico a Cuba, mas entendo que não é o embargo que causa a pobreza dos cubanos, nossos irmãos. Aprendi, desde pequeno, com meu pai e minha mãe, que a gente deve crescer e assumir a própria vida, a própria liberdade, encontrar a própria capacidade de lutar, de ser e de se fazer. Eu não gostaria de viver eternamente sob a tutela e a dependência de meu próprio pai, tenho certeza que os senhores também não. O que dirá, então, viver sob o comando férreo de um governo perpétuo e onipresente sempre ordenando o que fazer e o que não fazer? Eu só queria entender por que os cubanos, por não terem indústrias, não terem riquezas, não terem empregos, não terem quase nada, têm MAIS DIGNIDADE do que os que têm e lutam pela vida. A dignidade do cubano é garantida pelo seu governo revolucionário e por sua pobreza? Se a pobreza fosse algo assim tão digno, por que lutaríamos contra a miséria? Por que lutaríamos para ter acesso a bens materiais, a uma boa alimentação, à preservação da natureza e a suas tantas dádivas? Nós, seus eleitores, devemos lutar contra a miséria ou lutar contra o capitalismo? Mas que mal há em se ter um pequeno negócio, um pequeno comércio, uma pequena produção, um pequeno serviço? Que mal há em se ter um pequeno lucro, até para poder pagar os tributos sufocantes aqui no Brasil? Eu só queira entender. Como músico e pesquisador eu tive contato com culturas riquíssimas, aqui mesmo na América Latina, por exemplo, no Rio Grande do Sul, o vaneirão tocado na sanfona, a guarânia com harpa paraguaia, as marimbas e ocarinas da Guatemala e da Costa Rica, as flautas-queña indígenas no Peru, a cueca chilena, o merengue colombiano, a chacarera e o tango argentinos, os mariachis no México, os ritmos cubanos incríveis como a rumba e a salsa, quanta riqueza, quanta cultura pura, espontânea e tradicional! Essas criações perenes do gênio criativo de nossos povos são todas diferentes, originais, únicas. Não são iguais não! As pessoas não são iguais e não querem ser iguais umas às outras! Por que digo isso? Por que o comunismo, tantas vezes louvado no Brasil, não parece ser uma opção de vida digna e decente para os nossos povos. Lutar contra a injustiça sim, mas querer comunismo, seja à força, seja através da democracia, não serve! Reitero minha estima por sua compreensão e tolerância para com a ousadia de tecer estas singelas considerações. Obrigado por sua atenção

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